sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Primeiro Encontro Nacional da Pesca Amadora

Será realizado nos dois primeiros dias do mês de setembro, em Brasília, o Primeiro Encontro Nacional da Pesca Amadora e teremos o colega pescador do Clupesal André Luiz Barbosa representando a pesca costeira, inclusive o nosso esporte, o surfcasting, pela Bahia.

O evento é promovido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura e pode ser o marco inicial para termos no Brasil um mercado de pesca amadora comparável ao dos Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia e, pasmem, ao da Argentina.

Também daqui da Bahia teremos como representantes os colegas pescadores:

  • André Luiz Santana Barbosa, pesca amadora costeira;
  • Ivan Brito, pesca subaquática;
  • Lino Nelson Justo, turismo (guia de pesca);
  • Marcel de Castro Britto, pesca amadora oceânica.

Os representantes nacionais diretos da pesca amadora são Rubinho de Almeida Prado, da empresa Ecoaventura, e o especialista em direito ambiental João Carlos Kruel Sobrinho, de Goiás. O suplente é o Roald Andretta, da Revista Pesca Esportiva, de Curitiba.

O André Barbosa, à exemplo dos representantes nacionais, está coletando dados, anseios e impressões relativas à pesca de praia para levar ao encontro. Você pode contribuir enviando sua colaboração através do "Fale Conosco" do site do Clupesal. Acesse clicando aqui.

E já vou contribuir: A pesca de praia em Salvador, seja ela amadora ou profissional artesanal, está fortemente ligada à existência da pititinga ( Anchoa januaria ), ou manjubinha, na orla da cidade. É de conhecimento popular que se tivermos a pititinga disponível para isca, teremos o peixe para pescar. Se a pititinga some, somem também os peixes. Os grandes cardumes de xaréus, guaricemas e galos apenas encostam à praia se a pititinga estiver por perto.


Ora, mesmo tendo esta forte ligação de piscosidade, não há sequer um estudo disponível sobre esse peixinho de ciclo de vida muito curto, ao menos de conhecimento geral ou disponível na Internet, o que denota o total desconhecimento sobre o seu ciclo de vida. Sem conhecê-la, não se pode protegê-la e com isso assegurar a aproximação e alimentação dos peixes maiores.

Como fato comprovador, temos ATA de Audiência Pública realizada pelo Ministério Público do Estado da Bahia, onde pescadores de povoados do município de Maragogipe associam o sumiço da pititinga a perda de piscosidade de suas água. Segundos eles, com o fechamento da Barragem de Pedra do Cavalo a pititinga praticamente suniu e com ela os peixes maiores. Em minha percepção, estão com razão. Para acessar a ata, clique aqui.

Finalmente, a minha proposta: um período de defeso para a pititinga, mesmo que seja de algumas vezes ao ano, devido ao curto ciclo de vida da espécie, para que possamos voltar a termos mais peixes nas praias e dentro da Baia de Todos os Santos.

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