sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Yes, Nós Temos Corruptos II

Nessa quarta feira, dia 2, acordei decido a capturar alguns tamarús (corruptos) para testá-los como isca no Torneio de Duplas do Clupesal que ocorrerá nos dias 5 e 6 próximos.

Como era um dia de semana, com todos os colegas pescadores trabalhando e só eu de férias, convidei o Olivaldino, um diarista que já nos acompanha a 27 anos fazendo serviços como limpeza de quintal, lavagem de carros e limpeza de vidraças para minha mulher, para irmos ao Bairro de Plataforma.

Passamos em uma casa de material de construção e compramos por R$ 20,00 uma pá "de bico".

Chegamos em plataforma por volta das 9:30 e de imediato comecei a escavar à procura dos bichinhos. Escavei sózinho pois o Olivaldino estava com as costas "estourada". Em meia hora escavei dois míseros tamarús, sendo um deles minúsculo, próprio apenas para um anzol akita 7.

Estava para "enfiar a viola no saco", digo "a pá no saco", e ir embora quando se aproximou um rapaz. Ficou conversando conosco e mostrou-nos como escolher os locais e escavar. Em umas dez escavadas com a pá ele pegou mais dois tamarús. Tentei repetir o que ele fez, mas simplesmente não peguei mais nenhum. O nome do rapaz é Flávio e está a direita, na foto acima.

Propus então ao Flávio pagar 0,50 centavos de real por tamarú de bom tamanho. Com essa motivação, entre dez e onze horas da manhã, quando a maré encheu, pegamos cerca de trinta tamarus, alguns grandes, cerca de três centímetros, outros pequenos, com um centímetro, e mais alguns menores ainda os quais soltamos pois não valeriam à pena. Na foto abaixo está o resultado.
Ao chegar casa, utilizei as instruções contidas em um artigo de autoria do pescador José Lineu Mandato, publicado no site do Guia Pesca de Praia, clique aqui para acessar, para desidratar e congelar. O rendimento foi as porções da foto abaixo, que dividirei com a Equipe Los Caiçaras (Jair e Deco). O meio pratinho da direita contém uma minhoca e alguns caranguejinhos.
Não temos certeza da efetividade da isca, mas como minha intenção é compartilhar a informação de obtenção desses recursos que podem vir a ser diferenciais, como uma forma de equalização de meios para os que estão dispostos a "suar" um pouco mais, não tratando essas informações como "bizús" (segredos).

Na foto abaixo, o local com a maré já encobrindo o local de capturas.

Sim, temos corruptos, mas dá um trabalhão danado pegá-los.


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8 comentários:

  1. Saudações Milton!

    Tenho frequentado o seu blog diariamente.
    Parabéns pelos " posts " tenho lido todos.
    Ansioso para reorganizar minhas tralhas e a vida, para voltar a pescar.

    Grande abraço!

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  2. Olá Roberto. Uma honra tê-lo aqui. Obrigado pelo gentil comentário. Quando quiser pescar temos todo o material aqui e sempre alguma isca na geladeira, à sua disposição. Apareça.

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  3. olá sou aqui do pará, cidade de viseu-pa.aqui o corrupto é conhecido como TAMARÚ e ao contrario dai aqui ele é mais encontrato na lama dentro dos manguezais e pegamos o mesmo só na maré baixa. Sempre pesco por aqui com o camarão mais ultimamente conheci o tamarú e o estou analizando para testar o mesmo para a captura da pescada na mare de quarto morto.Já pesquei com o mesmo vivo e peguei muito Jurupiranga, bagres , achei muito bom e vendo os peixes q vcs pegam por ai fiquei satisfeito e otimista com relaçao a essa isca.Parabens e otimas pescarias p vcs.vc pode ver algumas de minhas pescarias no orkut rafaelmoura@vipmail.com

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  4. Obrigado pelo comentário, Rafael. Na pesca embarcada apoitada, vivo, ele é insuperável. Já quando usado na pesca de praia, morto, foi uma grande decepção. Éramos seis usando e não fois essas coiasas não.

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  5. Milton,

    Ao invés de usar pá, aquela bomba de sucção de fabricação caseira não funcionaria bem? Ouvi falar que na ribeira é um bom lugar para a captura!

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  6. Obrigado pelo comentário, Rodrigo. O Deco até tentou com a bomba, mas o solo possui muitas pedras e a bomba simplesmente não funciona. A pá é o instrumento sado pelos pescadores nativos da região.

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  7. Sempre disponível para disseminar o pouco que conheço.

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