Da última pescaria
noturna que fiz, junto com o Roberto Martins, ficaram lições que foram aprendidas. Todos os erros que cometemos naquela oportunidade,
clique aqui para ver, corrigimos.
O primeiro deles foi quanto a idade dos bastões luminosos (luz química) para as varas e as chumbadas. Desta vez adquirimos uma caixa inteira deles,
novinha, com cinquenta unidades e repartimos entre nós. O custo ficou em cerca de R$ 0,43 por unidade.
Clique aqui para ver onde compramos.
Para fazer a fixação do bastão luminoso na vara, em substituição a fita adesiva transparente que usavámos, adquirimos na mesma loja os fixadores de bastões, ao custo de R$ 1,30 por unidade, e que funcionaram maravilhosamente bem. Mesmo "soltando o braço" com uma chumbada de 140 gramas, não soltaram da ponta da vara ou embaraçaram com a linha. Com este adaptador podem ser usados bastões da Maruri de 38 ou 50 mm e da Ototoni de 4,5 e 6 mm.
Para vermos a chumbada enquanto recolhíamos a linha, para evitar recolher demais e receber uma "chumbadada" no rosto, colocamos logo acima do snap da chumbada um outro bastão luminoso. Usamos o próprio tubinho que vem com o bastão e funcionou muito bem. Devo ter lançado e recolhido umas 30 vezes cada vara, sem problemas.
Levamos também um lampião a gás e duas lanternas, além de uma lanterna de cabeça (a minha é de boné) para cada pescador, iscas novas, camarão e pititinga.
Sai daqui de casa as 15:30 e só consegui chegar a casa do Roberto, em Itacimirim, as 17:20. Peguei engarrafamento no pedágio e em Guarajuba devido a um evento musical na Estrada do Côco, depois de Praia do Forte. Um verdadeiro inferno.
De lá fomos de carro até a Foz do Rio Pojuca, eu, Roberto, Rafael e Edialis, a namorada do Rafael. O carro nos deixou nas barracas e fomos andando para a praia. Logo de cara encontramos três pescadores que já estavam de saída e nos informaram que a pescaria deles não tinha sido muito boa, mas que pela manhã outros pescadores tinham capturado duas arraias enormes naquele local e que voltariam no dia seguinte, pela manhã.
A água estava muito suja. Além de algum sargaço, a argila em suspensão trazida pelo rio deixava o mar com cor de "nescau". "Maré de bagre", pensei. E não deu outra, começamos a pescar e começamos a pegar vários bagres, todos em torno de 150 gramas. A Edialis, neófita no uso de carretilha, dava show na utilização da maquininha, botando muito marmanjo "no bolso". Na foto abaixo, detalhe da luz química de 25 mm perto da chumbada.
E ficamos por mais de uma hora "nessa de bagrinhos", quando finalmente houve uma boa batida em minha vara e retirei um bagre de cerca de 600 gramas. O Roberto então, para fugir do sargaço, passou do local onde estava e ficou a minha esquerda. Como nesse local, mais próximo ao rio, tinha uma correnteza a linha dele embaraçou na minha. Enquanto desembaraçávamos, ouvimos os gritos do Rafael que já brigava com um grande peixe. Neste mesmo instante, minha outra vara bateu violentamente com a luzinha subindo e descendo.
Corri, tirei a vara e comecei a brigar. Logo de cara senti que a peça tinha mais de 5 quilos e temi pela linha de 10 libras, uma multi marca Pelagic que está há mais de um ano no molinete, e o anzol Chinu 6. Atrás de mim a comemoração do Rafael, da Edialis e do Roberto indicavam que o peixe estava no seco, uma arraia imensa.
Fique então cuidadosamente trabalhando o peixe, e de vez em quando o bicho dava uma arrancadas tomando linha e eu mantinha a linha sob pressão, sem folgas.
Com muito cuidado, cerca de 10 minutos depois, coloquei em seco. Era outra arraia, um pouco maior que a do Rafael. O alicate, que serve de parâmetro de tamanho na foto, tem 13 cm. Para transportá-las até o carro, distante cerca de 300 metros, junto com as tralhas, tivemos que parar duas vezes para descansar, pois não levamos sacos deste tamanho.
E os dois com as arraias. Pesadas em casa, uma tinha 5,750 kg e a outra 7,000 kg. Como ninguém mais sabia tratar, eu mesmo tratei e trouxe para casa apenas a metade da menor, pois estou sem espaço no freezer.
As fotos são do Roberto Martins e por isso ele não saiu em nenhuma. Falha nossa.