quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Manivela Maior - Power Handle - Para Abu Garcia

Chegou a manivela que adquiri para a Abu C4 6601.
Fiz a compra de forma emocional, por estar realmente decepcionado com as ridículas manículas das manivelas da maioria das carretilhas que se prestam para pesca de praia.

Minha revolta com as manivelazinhas agravou-se devido a quase ter perdido um xaréu de 1,20 quilos no dia 28/09 pela "pega" ruim das ditas cujas.

Se não tivesse agido emocionalmente teria buscado uma solução de baixo custo, mais ao gosto de um verdadeiro pescador de praia. Farei isso ainda, como forma de remissão aos meus paradigmas. Mas como já está comprada, essa já instalei. Veja como ficou:
A manivela original é a que está fora, a direita, acima da data da foto.


Se você está vendo um único post, clique na figura abaixo para ir ao Blog Milpesca

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Resultado do Torneio de Duplas do Clupesal - II Etapa

Já está no site do Clupesal o resultado da Segunda Etapa. Contrariando todas as expectativas, o adjetivo que cabe é: terrível. As condições climáticas e de maré nos pregaram uma peça. Mas na próxima tudo será melhor.

Mas um dias antes, 1.500 metros ao sul...., clique aqui para ver o que acontecia...



Se você está vendo um único post, clique na figura abaixo para ir ao Blog Milpesca

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Pescaria no Buraco do Padre - Xaréu de 1,20 quilos

Acordei hoje, dia de folga no trabalho, e fui ao laboratório para um exame médico. Não pude fazer o exame devido a um copo de vinho, excelente, tomado na casa de um irmão ontem a noite.

Como a maré cheia seria ao meio dia, resolvi que iria ao Buraco do Padre, apesar das previsões indicarem ventos do este sudeste e ondas de 1,30m.
Cheguei ao Buraco do Padre às 10:10 h e encontrei três pescadores que estavam de saída. Brinquei com eles dizendo que estavam saindo na "hora do peixe" e que iam perder a melhor hora. Ainda ficaram pescando o Edson, o Otávio e o Diegão. Diegão é o proprietário da "Barraca Diegão", na Praia de Ipitanga, ao lado do kartódromo a qual eu frequentava na década de 80, início da de 90, antes de vir morar em Stella Maris, e era ótimo pois as piscinas naturais na praia eram a alegria das minhas filhas.

Montei as duas varas mas lancei apenas uma, pois as previsões metereológicas estavam corretas e ondas de quase dois metros pipocavam a uns 100 metros.
Fiz o primeiro lançamento e em poucos minutos a minha linha correu para o norte e já trançava com a do Edson. Recolhi a linha e fui lançar novamente. Dessa vez preparei tudo para dar um "tiro", soltei o freio centrífugo da Abu 5601 e soltei o braço. Passei da arrebentação vários metros, coloquei a vara na espera (fincador) e quando fui virar-me percebi a vara "batendo". Coloquei na boca do peixe, pensei. Tirei a vara do fincador e iniciei o trabalho. Pelas cabeçadas deduzi que era um xaréu. O peixe tomava linha e corria hora para sul, hora para o norte, e nessa direção a correnteza potencializava a tomada de linha. Parecia-me que era um peixe de uns três quilos ou mais.

Eu não conseguia passá- lo da arrebentação. Pedi ao Otávio e ao Edson para marcarem o tempo mas nenhum dos dois tinha relógio. Foi quando a linha folgou e eu vi a onda crescendo e pensei: é agora, ou passa da arrebentação ou vai estourar a linha. Nessa hora amaldiçoei a mainivelazinha da Abu que não me dava uma boa pega. Quando a linha "tesou" devido a "quebra" da onda, andei alguns passos para a frente o que amorteceu o tranco, enrolei a linha e senti que "bicho" ainda estava lá, tinha passado a arrebentação. Em poucos minutos eu o coloquei em seco. E ai veio a surpresa: o tamanho era bem menor do que a "briga" fazia aparentar. O bichinho era um "brigador", verdadeiro exemplo de sua espécie. Será uma honra apreciá-lo em uma moqueca.
Quando fui iscar novamente percebi que o anzol estava aberto, certamente devido ao "tranco" na passagem da arrebentação.

Fiquei ainda pescando até às 12:15 h, mas não deu mais nada. O Edson, o Diegão, Otávio e mais um pescador que chegou enquanto eu puxava o o xaréu, continuaram pescando e distribui minhas iscas entre eles.









Em casa pesei o xaréu: 1,2o quilos.

Dados da captura:

Se você está vendo um único post, clique na figura abaixo para ir ao Blog Milpesca




Diário de Torneio II

No dia 27, domingo, participamos eu e o Célio da Segunda Etapa do V Torneio de Duplas do Clupesal, em Sauípe, na Praia das Ruínas do Hotel.

Como sempre, não falarei em colocações ou pontuações até que o Clupesal tenha publicado em seu site, apenas relatarei os fatos notáveis. Abaixo segue o relato:

Como é uma etapa de um só dia, conto com a participação do Paiceiro Célio e saímos daqui de Salvador às 06:00 horas e chegamos ao local do sorteio em cima da hora, apenas 10 minutos antes. Da próxima vez sairei mais cedo para não ter que correr na estrada.

Tive um final de semana cheio de compromissos sociais familiares e minha preparação foi um tanto açodada, tendo apenas preparado cinco paradas, duas com anzóis offset número 2, duas com anzóis circle números 2 e 4 e uma com akita número 9.

Como tinha visto no site da SEAGRI que no domingo teríamos ventos de 22 km de sudeste e ondas de mais de 1,5m fiz as paradas com "nós de correr", pois se tivesse que usar chumbadas de garra, bastaria subir as pernadas para poder usar chumbadas de garras sem que a pernada de baixo embarace com a chumbada.

Assim que descemos do carro já nos deparamos com o Erwin Bobel montando uma vara com chumbada de garras e brinquei com ele perguntando se ele esperava correnteza e ele retrucou que pelo que ele via, a coisa estava muito feia, com muita correnteza.

Chamada para o sorteio pelo André Barbosa, primeiro as damas e em seguida os mais velhos (meus 52 anos mais os 84 do Célio nos dão 68 anos de média) e tiramos a raia número um. Uma tremenda sorte e dessa vez não teve resorteio.

Soltado o foguete de início, lançamos as linhas com chumbadas piramidais triangulares de 125 gramas e em 20 segundos as nossas linhas estava em cima da raia número dois, embaraçadas com as linhas da outra dupla. O Erwin estava certo. A correnteza puxando para o norte estava fortíssima e nada segurava. Trocamos as chumbadas piramidais por de garras de 200 gramas e segurava mais um pouco, mas mesmo assim em cinco minutos já estava por sobre a raia da dupla vizinha.

E foram quatro horas desse jeito. Com três horas de prova Célio retirou suas varas, disse que estava insuportável e não tinha visto ninguém que estava por perto pegar algo além dos dois peixinhos que pegamos. Realmente, se não fosse uma etapa do torneio teríamos ido embora com 20 minutos de pesca. Estava terrível e sabemos que quando a maré puxa para o norte, os peixes somem.

Na saída o sentimento da maioria das duplas era o mesmo, tendo várias duplas que ficaram de "sapateiro". Passei na Barraca do Augusto para a pesagem e o Célio sequer desceu do carro, pois estava exausto. Deixei os peixes e voltamos para Salvador. Agora é esperar a classificação oficial.


Se você está vendo um único post, clique na figura abaixo para ir ao Blog Milpesca

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Adaptando Uma Vara Para Uso Com Carretilha II

Como Adaptar Vara Para Carretilha

No ano passado, com uma dica do Deco Loureiro, comprei uma vara Tacom Surf Leader de 3,90 m por cerca de R$180,00, já com frete incluso aqui para Salvador.

O preço foi uma pechincha e só tenho usado essa vara em campeonatos, como uma vara extra. Como tenho me concentrado no uso da carretilha, essa vara estava meio esquecida, no canto.

Nesse final de semana, sábado pela manhã, arrumando as tralhas, verifiquei que o metal dos anéis de encaixe dessa vara estavam bem oxidados. Uma surpresa, pois sempre passo vaselina liquida nas varas antes de guardá-las. Devo ter "vacilado" e guardado ainda úmida.

Passei uma lixa fina e em seguida apliquei resina, contendo o problema. Aproveitei e fiz um teste de flexão e verifiquei que embora seja uma vara de ação média, com adição de passadores extras eu conseguiria prepará-la para uso com carretilhas e ao mesmo tempo a deixaria com a ação mais rápida.

Para usar carretilhas em uma vara originalmente projetada para uso com molinetes é importante que se verifique como a vara se comportará trabalhando invertida, ou seja, com os passadores para cima, pois a linha não deve encostar no blank (corpo da vara). Para mais detalhes, clique aqui para ver um post sobre distribuição dos passadores.Como eu tenho vários passadores guardados, oriundos das varas em que coloquei passadores low rider, peguei três deles que foram da vara Killer e coloquei na Tacom. São os passadores marcados com setas na primeira foto, clique na foto para ampliar a imagem e ver detalhes, os quais foram intercalados com os passadores existentes.

No próprio sábado à tarde fui testar tanto a vara como a nova carretilha Abu e foi um sucesso. A vara ficou mais rígida para arremessar, e soltei o braço nela, sem piedade, e está arremessando muito bem, melhor até que a Dam Emotion. Peguei com ela um pampo de quase um quilo e foi uma festa, pois a vara é bem leve e a carretilha amplia a sensação . Clique aqui para ver o relato.

Para detalhes de como colocar os passadores, linha, resina etc, clique aqui.


Se você está vendo um único post, clique na figura abaixo para ir ao Blog Milpesca


domingo, 20 de setembro de 2009

Circle Hook - O anzol estranho

Essa semana tive minha atenção voltada para o anzol circle por três fatos, um no domingo enquanto pescava em Itacimirim, clique aqui para ver o relato, e outros dois na sexta feira por uma reportagem no Jornal Nacional sobre uma captura feita em uma pesquisa do Projeto Tamar, e o cartaz de anúncio do Clupesal.










No domingo, o que chamou-me a atenção foi que de treze varas na água, das duas únicas que pegaram peixes uma delas foi justamente uma com anzol circle.

Na sexta feira foi a vez de ouvir falar no anzol circle novamente, dessa vez por ter sido o anzol com o qual capturaram um estranhíssino peixe, clique aqui para ver a reportagem do Jornal Nacional.

Também na sexta o Júnior, pescador e Webmaster do Clupesal, publicou uma nova chamada para o Torneio de Duplas 2009 e lá estava o anzol circle novamente.

O anzol tipo circle foi desenvolvido para uso na pesca com grandes espinheis, com centenas de anzóis em uma única linha, e a maior vantagem é de impedir que o peixe engula o anzol e morra rapidamente, já estando apodrecido quando o barco pesqueiro vem recolher o espinhel.
O estudo que encontrei, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, da autoria de José Carlos Pacheco dos Santos, mostra que não há diferença de eficiência em relação ao anzol comum, chamado de tipo "jota", senão com determinadas espécies de peixes, clique aqui para ver o resumo do estudo, mas é efetivo quanto a taxa de sobrevivência. O anzol utilizado em pesca de praia é o mesmo anzol, só que significativamente menor.
É claro que o anzol imenso é uma brincadeira, é um troféu e também usado em em decorações. Mas os anzóis circles mais usados em pesca de espinheis é o de número 18/0 e o de pesca de praia mais usado é o tamanho 6.

Essa alta taxa de sobrevivência decorre do fato de que por suas características, o anzol circle sempre fisga no canto da boca, no local chamado "canivete". Isso ocorre devido ao fato de o anzol atuar apenas quando o peixe abocanha a isca, se vira e vai embora.

Se você duvida faça o seguinte teste: pegue o anzol circle já com a pernada, um pedaço de mangueira de jardim, passe o fio da pernada por dentro da mangueira e puxe o fio da pernada de forma que ele faça um ângulo de no mínimo 30 graus com a mangueira, simulando um peixe que abocanhou a isca. Você vai ver que o anzol desliza dentro da mangueira até o olhal do anzol sair, da mangueira e nessa hora ocorre a fisga.

Para isso ocorrer é necessário que o anzol seja encastroado com uma laçada, tal qual o pessoal do Projeto Tamar fez. Veja o "cap" abaixo, retirado da reportagem do Jornal Nacional.

Você pode ver como fazer a laçada para pesca de praia nesse post do fórum "Pesca de Praia - O Fórum", de autoria do pescador Jorge Dias Martins, clicando aqui.

Mas lembre-se, pescando com o anzol circle, nada de fisgar com o movimento da vara. Se você fizer isso antes do peixe virar-se o anzol circle vai escorregar tal qual na mangueira de jardim, e sair da boca do peixe, reto, sem formar ângulo.

Se você está vendo um único post, clique na figura abaixo para ir ao Blog Milpesca


Pescaria no Buraco do Padre

Fomos com o Tiago e Célio hoje ao Buraco do Padre. Chegamos cedinho, por volta das 05:00 horas e ficamos até as 09:15 horas.

Sairam diversos peixes galos, alguns deles galo bandeira, e todos pegaram peixes. As fotos e estão abaixo.



Se você está vendo um único post, clique na figura abaixo para ir ao Blog Milpesca

sábado, 19 de setembro de 2009

Abu C4 6601 - Nova Carretilha - Foi inaugurada


Mas não foi com esse pampo de quase 1 kg. Foi com um pirambu (sargo de beiço) de pouco mais de 2o cm.

Hoje o Buraco do Padre estava novamente cheio de pescadores, inclusive o André e o Cláudio.

Foram pescados das 15:30 até as 17:00 mais um barbudinho e um bom pampo por uma amiga do Cláudio.

Dados da captura:
  • Buraco do Padre - Praia de tombo.
  • 15:45 - Maré de quadratura* cheia (meia hora antes do reponte)
  • Vara Tacom Surf Leader adaptada para carretilha 3,90m
  • Linha Rapala Storm 0,35 (Low Stretch)
  • Anzol Owner Mutu Ligth Circle nº 4
  • Isca Pititinga Média congelada
  • Chumbada 125 g piramidal triangular Fundo de Quintal
  • Carretilha Marine Cáster 400 5BI com manivela modificada
  • Chicote (parada) com linha Dourado 0,70 com pernadas de 30 cm em fluorcarbono 0,41mm.
*Maré de Quadratura: Maré de pequena amplitude, ou seja, pequena diferença de altura entre a maré cheia e a maré vazia. Maré que se segue ao dia de quarto crescente ou minguante.



Se você está vendo um único post, clique na figura abaixo para ir ao Blog Milpesca

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Abu C4 6601 - Nova Carretilha

"Aqui no sul, carretilha já ganhamos no berço quando nascemos..." - Márcio Idalino, da Sociedade Marlin Negro de Pesca e Lançamento de Porto Alegre/RS, e do Blog marcioidalino.com.

E eu fui contaminado com esse vírus. Não de forma congênita, como o Márcio e todo o pessoal do Sul, mas após ter sido exposto à cerca de três meses ao uso de uma carretilha, clique aqui para ver como foi.

Hoje recebi a minha primeira Abu, uma Ambassadeur C4 6601, da foto acima, comprada após a conjunção de um esforço orçamentário com uma ótima oportunidade no Rei da Pesca ( www.reidapesca.com.br ) que está com preços melhores que no Mercado Livre (isso foi um capilé, uma propaganda gratuita, devido ao atendimento deles, que é ótimo, já que o valor que me pagam através do google, onde o Rei da Pesca anuncia, é uma merreca: us$ 1.06, no mês passado).

Mal posso esperar o domingo para usá-la.

Se você está vendo um único post, clique na figura abaixo para ir ao Blog Milpesca


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Mais Uma Ótima Carretilha de Perfil Baixo para Pesca de Praia

Desde que usei a uma carretilha pela primeira vez, os meus sonhos de consumo foram voltados para elas e tenho acompanhado os lançamentos mais recentes.

Depois da Abu ter lançado uma carretilha de perfil baixo aplicável ao surfcasting, para a qual eu fiz um post, clique aqui para acessar, agora é a vez da Shimano com a carretilha New Curado 301H J, a belezinha acima, a qual recolhe 75 cm de linha a cada "manivelada" (relação de 6,9:1) e suporta cerca de 200 jardas de linha 0,40mm o que nos dá cerca de 225 metros de linha 0,35 mm, aproximadamente, tem cinco rolamentos, resistentes a água salgada, pesa 310g e é indicada para jig, ou seja, para pesca vertical (?).

Na pesca vertical, você a partir de uma embarcação deixa uma isca artificial descer verticalmente até o fundo e depois vai recolhendo, trabalhando a isca. Peixes de mais de 15 quilos são comuns nesse tipo de pesca.

A interrogação que coloquei quanto à indicação do tipo de pesca, foi porque o fabricante informa um "drag", que é a força de arrasto, como de 63.7 N o que dá aproximadamente 6,5 kg ao nível do mar. A concorrente direta desta carretilha da Shimano é a Abu Garcia Revo Toro, cujo "drag" é de 10 kg, ou seja, quase o dobro e não é, ao menos explicitamente, indicada para pesca vertical. Essa não entendi. Mas não tenho nenhuma dúvida da aplicabilidade à pesca de praia com arremesso: é perfeita.

Esta beleza já está à venda no Brasil por cerca de 1.200 Reais e você também acha no Japão por cerca de 37.ooo Yens (quase 400 dólares americanos) com todos os impostos, de lá, claro. Mas esse preço deve cair à medida que deixa de ser novidade e começa a ser comparada com a concorrente, a Abu Revo Toro, a meu ver, bem melhor.




Se você está vendo um único post, clique na figura abaixo para ir ao Blog Milpesca




domingo, 13 de setembro de 2009

Pescaria em Itacimirim

Fomos hoje com o Célio e o Tiago para a Praia da Espera, em Itacimirim.

Essa praia tem esse nome pois as mulheres dos pescadores que moram desde Busca Vida até Baixios em caso de tempestades em que os maridos estavam pescando, iam para lá para esperá-los, ou aos destroços de seus barcos e até os seus corpos. Foi lá que o Amir Klink aportou vindo da África, já que uma corrente marítima arrasta tudo para lá.

As praias de Stella Maris e o Buraco do Padre, próximas às nossas residências, estão com a arrebentação a mais de 70 metros e isso combinado com ondas de quase 1,50 metros, está "virando" muita areia e os peixes se afastam e não atravessam a arrebentação. Por isso fomos para lá.

Em Itacimirim, oito pessoas pescando, 13 varas na água, cinco delas com a mesma isca e arremessando no mesmo local, e apenas o pescador que estava com anzóis offset e circle hook pegou peixes. Os anzóis fizeram a diferença, pois nos outros anzóis as iscas eram levadas, ou melhor, "roubadas". Foram oito peixes capturados, desses quatro foram liberados por tamanho, alguns tinham cerca de 10 cm. Foram trazidos um cabeçudo de 700g, outro de de 250 g, uma aratubaia de 300 g e um barbudinho de 200 g. Clique nas imagens para ampliar.


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Equilibrio no Conjunto Vara/Molinete

É comum vermos em sites e fóruns de pesca a pergunta se "tal" vara "casa" com "tal" molinete ou carretilha, ou se formam um "conjunto equilibrado".

Mas o que é um "conjunto equilibrado"?

Não sabia como responder a essa pergunta, a não ser por sentimento. Até então para mim um conjunto equilibrado é àquele conjunto com o qual me sinto bem pescando. Por exemplo, a vara Coral de 4,50 m, ou a vara Killer de 4,05 m com o molinete Daiwa Emcast 6000 me deixam bem à vontade. Para mim formam um "conjunto equilibrado".

Mas como definir ou medir o equilíbrio de um conjunto sem antes testá-lo no uso, no dia a dia?

Se você fizer uma comparação, o conjunto vara/molinete é muito parecido com uma cancela de contrapeso, daquelas que a gente vê nos filmes, principalmente em fronteiras ou em postos militares, onde com pouco esforço uma pessoa levanta a cancela. isso ocorre por que há um equilíbrio de pesos (forças) entre a parte mas longa e a parte mais curta, proporcionada pelo contra peso. Veja a figura.

Graças a esse contrapeso, o ponto de apoio recebe toda a carga de forma equilibrada e qualquer esforço em qualquer lado move facilmente o conjunto. No caso da pesca, o ponto de apoio é a mão do pescador e o contrapeso é o molinete.

Não é à toa que algumas varas do mercado vêm com pesos para serem colocados ou retirados, na extremidade inferior (pé da vara ou "butt cap"), como a vara Tiralejo da Shimano, na foto abaixo, ou a recém lançada vara AeroSurf 4,25 , essa última encontrável por enquanto apenas no mercado de pesca do Rio de Janeiro.


Se você discorda desta tese, há pelo menos mais três pessoas que concordam com ela: no Fórum de pesca Los Foros de La Pesca Deportiva en México há um excelente trabalho de autoria do pescador Rolando Córdoba, de apelido ROLO, o qual está como um post fixo, chamado de El ABCDe La Pesca de Playa onde o autor mescla textos de livros e revistas da década de 50 com artigos de sua autoria da atualidade e em um dos tópicos ele trata justamente do equilíbrio do conjunto vara/molinete.

Os autores afirmam, e eu concordo, de que tanto melhor será o equilíbrio do conjunto quanto mais o centro de gravidade da vara montada com o molinete estiver próximo a parte superior da bobina do molinete. Veja a figura abaixo trazida de lá (com tradução nossa).

Para fazer o teste de equilíbrio, monte o conjunto e estando em pé, em local sem vento, repouse a vara na horizontal sobre o seu dedo indicador e vá deslocando o dedo, buscando o local onde a vara fique totalmente na horizontal, sem pender para qualquer lado. Se esse local for o local marcado com a bola vermelha na figura acima, o seu conjunto está equilibrado. Se estiver um pouco acima acima da bobina do molinete é necessário um contrapeso no pé da vara (butt cap). Se estiver muito acima da bobina do molinete, mais de 40 cm, você está com sérios problemas para o uso em pescarias pois sua vara tem uma tendência de queda para a frente, e seu uso será cansativo.

Fiz um teste com uma parte do meu material, os itens que mais uso, e a conclusão a que cheguei é que em todas as possibilidades de montagem que tenho, um contra peso no pé da vara (butt cap) seria muito bem vindo.

Como o contrapeso fica na extremidade da vara, seu peso multiplicado pela distância até o apoio da mão faz uma grande diferença, e com a adição de poucas gramas o conjunto fica equilibrado.

Dos conjuntos que mais uso, o mais desequilibrado é justamente a vara Killer com uma carretilha Mariner Cáster 400, justamente o conjunto que eu achei, logo quando comecei a usar carretilha, de que subir o rell set (prendedor do molinete) 20 cm seria uma boa ideia. Agora não tenho dúvidas.

Veja abaixo as fotos dos testes que fiz com algumas das minhas possibilidades de conjunto.

Vara Coral e Emcast 5000

Vara Killer e Emcadt 6000


Se você está vendo um único post, clique na figura abaixo para ir ao Blog Milpesca

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Site do CLUPESAL de Roupa Nova

Além de muito bonito, o site do CLUPESAL está mais funcional. Trabalho do nosso amigo Juca (Júnior). Confira clicando abaixo.




Se você está vendo um único post, clique na figura abaixo para ir ao Blog Milpesca

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Troca de Manivela em Carretilha II - O teste...e com um xaréu de 3 quilos

Para ver o post anterior desse mesmo assunto, clique aqui

Hoje não fui pescar pela manhã devido a quantidade de sargaços que tinha no sábado pela manhã, desde do Flamengo até o Rio Vermelho.

Mas como hoje a maré cheia seria às 17:15, e nessas condições o sargaço fica bem na beira da praia, sem atrapalhar muito, por volta das 15:00 horas peguei as varas Coral e Killer com as duas carretilhas Marine Caster agora equipadas com as novas manículas oriundas do molinete Paoli e fui andando para o Buraco do Padre.

Ao chegar, a boa surpresa: sete pescadores já pescavam no local. Aproveitar a conjunção do fim de tarde com maré cheia e três dias após a lua cheia não foi idéia exclusiva minha. Parece que mais pescadores estão atentos para essa conjunção de fatores que é respaldada estatisticamente. Inclusive por hoje, como veremos.

Mas vamos ao teste da nova manivela: As condições do mar e vento não estavam boas. O vento devia soprar a mais de 20 km/h e embora o mar não estivesse muito "mexido", o sargaço fazia com que as linhas lançadas rapidamente fossem puxadas para o sul.

A nova manivela comportou-se muito bem. Tornou o recolhimento muito mais rápido e confortável, mesmo com muito sargaço na linha, e a manícula original restante, a qual não retirei para não desbalancear excessivamente o conjunto da manivela, não atrapalhou. A solução está aprovada. Eu recomendo para a carretilha Marine Caster 400 5BI, contanto que você não se entusiasme e saia rebocando tudo por ai, sem a ajuda do trabalho com a vara.

Mas o teste definitivo da nova manivela foi "on fire": eu tinha lançado a primeira vara e fui lançar a segunda. Como a praia estava cheia de pescadores, o lugar vazio que encontrei foi a cerca de uns 70 metros de onde lancei a primeira vara. Quando lancei a segunda, a linha estava presa na carretilha devido a uma "cabeleira" anterior e a chumbada caiu a menos de 15 metros.

Estava soltando a linha na carretilha, quando pela minha pela visão periférica percebi a primeira vara "batendo" violentamente. Sai correndo e enquanto corria ocorreu uma segunda "batida" (puxada) bem violenta, pois a linha que estou usando, uma Storm 0,35 da Rapala, tem baixa elasticidade e mesmo a vara sendo de ação rápida os puxões do peixe são imediatamente transmitidos à vara.

Tirei a vara do fincador e iniciei o trabalho. De imediato não deu para saber que peixe era. Ocorriam várias "cabeçadas" mas a linha não saia do lugar, como se fosse um bagre muito grande. Ficou nisso por um ou dois minutos e de repente começou a nadar para o sul. Fui trabalhando o peixe, recolhendo a linha sempre que podia. Por varias vezes o peixe tomou linha, mas como a fricção estava fechada as corridas eram curtas. Já me parecia ser um pampo ou um xaréu.

Nesse ínterim a linha de um dos pescadores "trançou" com a minha e o amigo do pescador, o Cláudio, veio em meu socorro. Ele desfez a "trança" cortando a linha do amigo e liberou-me para trabalhar o peixe. O pescadores que estavam a direita e a esquerda retiraram suas linhas e pude então conduzir o peixe para o norte, longe das pedras. Fui recolhendo com a agora ótima manivela, sem nenhuma saudade do molinete. Já dava para ver o belo xaréu nadando nas ondas e aproveitei essas ondas para retirar o peixe, recolhendo a linha e andando para trás. Quando ficou no seco, um dos pescadores, o Lucílio, pegou pelo rabo e trouxe para mim. A briga deve ter durado uns 10 minutos. A foto abaixo foi tirada pelo Cláudio. Ele também fez a pesagem com um "pega peixe": 3,00 quilos.

Agradeço ao Cláudio, ao Lucílio e aos outros colegas pescadores pelo comportamento esportivo demonstrado.
Dados da captura:
  • Buraco do Padre - Praia de tombo.
  • 16:00 - Maré cheia (uma hora antes do reponte)
  • Vara Rainbow Coral 4,50m
  • Linha Rapala Storm 0,35 (Low Stretch)
  • Anzol Gamakatsu Off Set nº2
  • Isca Pititinga boca de galo congelada a dois meses
  • Chumbada 125 g piramidal triangular Fundo de Quintal
  • Carretilha Marine Cáster 400 5BI com manivela modificada
  • Chicote (parada) com linha Dourado 0,70 com pernadas de 30 cm em fluorcarbono 0,41mm.
Após a captura, quando fui iscar para jogar novamente, verifiquei que o anzol de cima da parada estava quebrado. Talvez ai esteja explicação para o fato de no início da briga ter as "cabeçadas" sem movimento: ou o anzol prendeu em alguma pedra ou eram dois peixes.

Enquanto eu trabalhava o xaréu o Lucílio capturou um galo bandeira, um dos maiores que já vi.

Quando fui para segunda vara, tinha um barbudinho fisgado, já morto. Quando fui pegá-lo veio uma onda e os tentáculos de uma caravela (água viva) ficaram grudados em meus pés, à altura do calcanhar. Caramba, como doía e queimava. Passei ácido úrico (urina mesmo) e tentei aguentar, mas tive que ir embora.

Eis a foto agora em alta resolução, já em casa.


Se você está vendo um único post, clique na figura abaixo para ir ao Blog Milpesca








domingo, 6 de setembro de 2009

Troca de Manivela em Carretilha - troca de manícula ou "knob"

Embora use molinetes a mais de trinta anos, a "descoberta" da carretilha foi um fato prazeiroso. Sinto-me bem ao usá-la.

O efetivo uso da carretilha desmitificou os paradigmas que me foram impostos em 30 anos, e sempre que não tenho uma situação de contra indicação, noite ou sargaço, estou a usá-la.

Mas desde que iniciei o uso, as pequenas manivelas usadas nas carretilhas têm-me incomodado. Na verdade o desconforto não é com a manivela, e sim com a manícula. Na foto ao lado está indicado o que é a manivela e o que é a manícula. Essa pecinha de nome esquisito tem sido o meu "calo" no uso de carretilhas. Essa minha queixa é antiga, clique aqui para ver o primeiro post com essa queixa.

Em inglês, a manícula tem o nome de "knob", pronuncia-se "nób".

Na pesca de praia com iscas naturais não há necessidade de trabalhos com a carretilha e a vara para se movimentar a isca e então a pequena manivela é um estorvo, e longe de ajudar, prejudica muito o conforto ao se recolher a linha.

Algumas lojas vendem a manivela completa para carretilhas mas ao preço de r$ 100,00 , ou mais, quando se considera o frete. Esse valor é compatível com os equipamentos aos quais essas manivelas se destinam, quase sempre acima dos R$500,00. Mas o leitor há de convir que pagar-se R$100,00 em uma manivela para ser aplicada em um equipamento que custou R$135,00, com frete, como a carretilha Mariner Cáster 400 5BI, é um disparate.

No Ebay também encontrei uma manivela genérica, muito boa, mas ao preço de US$ 40.00, fora o frete.

Algumas carretilhas de baixo custo possuem a manícula grande, adequada para pesca de praia, mas ou têm uma baixa taxa de recolhimento, tal como quatro voltas no tambor para cada volta na manivela (4:1), ou apenas possuem manivela no lado direito, caso da MAGMA 5000 da Marine. Se você usa carretilhas com manivela a direita não há problemas, mas eu uso manivela a esquerda, talvez por causa do uso de molinetes.

Bastante incomodado com a "manículinha", resolvi fabricar uma manícula maior. Minha primeira tentativa foi fazer uma nova manícula usando "hot melt" (cola quente) e para isso primeiro contrui um molde em Epóxi usando como matriz a manícula de uma manivela do molinete Tacom Surf Blue Bird 7000. Veja a sequência de confecção nas fotos abaixo.

Clique na imagem para ampliar.
Mas a coisa não deu certo. O problema foi que a haste de contato da nova manícula com a manivela ficou muito flexível e não deu a rigidez necessária para um uso confortável. Abandonei a idéia.

Mesmo não tendo dado certo, fiz o relato para compartilhar o conhecimento de produção de peças em "hot meld" com um molde de Epóxi, com os amigos pescadores.

Mas na última segunda feira, dia 31/08, folga no trabalho, tive uma consulta médica adiada e fui pescar na Praia do Flamengo com o Célio e o Tiago. Lá encontramos o Valter e mais três pescadores "das antigas". Fiquei observando o molinete Paoli Malcom que o Valter portava e notei que o encaixe da manícula com a manivela era através de um parafuso, e não de cravos, como na maioria dos molinetes. Estava ali a solução.

Nesse sábado fui à Conceição da Praia, local em Salvador com várias casas de artigos de pesca, e encontrei na sucata do Cleonil (Budião) duas manículas de molinetes Paoli (item 3 da foto abaixo). Comprei por R$ 5,00 as duas manículas com os dois parafusos.

Ao chegar em casa, peguei a carretilha Caster 400 5Bi e simplesmente puxei a manícula original e ela saiu facilmente (itens 1 e 2 da foto abaixo). Verifiquei então que o furo passante da manícula do Paoli era cerca de 1 mm menor e alarguei o furo com uma mini retífica.

Como a luva plástica da manivela da carretilha Cáster, a qual permite a rotação da manícula, fica na manivela (item 1a da foto abaixo) e não na manícula, passei na parte externa da luva resina epóxi, a mesma dos passadores de vara, e encaixei a manícula do Paoli (4). Deixei secar por quinze minuto e.. voilá, ficou perfeita. Resolvido o problema. Vou substituir a manícula na segunda carretilha.

Caso você queira repetir essa experiência, lembro que a manícula do Paoli pode ser comprada nova na maioria das casas do Rio de Janeiro e é "encomendável" pela internet a essas casas.

Para ver mais post da carretilha Marine Cáster 400 5BI, clique aqui.


Clique na imagem para ampliar

E abaixo está a foto de como ficaram as duas carretilhas com as novas manículas. Amanhã usarei na praia para ver na prática como ficaram.

clique na imagem para ampliar

Como estou com falta de tempo, estou fazendo postagens semanais. Também notei enquanto verifico as postagens mais acessadas da semana, que apenas àqueles posts mais técnicos são acessados por mais vezes, na proporção de 10:1. Vou concentrar-me neles.

Para ver o post seguinte desse mesmo assunto, clique aqui

Se você está vendo um único post, clique na figura abaixo para ir ao Blog Milpesca