segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Futuro dos Pequenos Clubes de Pesca

Recebemos a indicação da Senadora Ideli Salvatti para o Ministério da Pesca como um sinal de que o Governo Federal deseja realmente incrementar o setor. O grande fórum promovido pelo então Ministro Altemir Gregolin sobre a Pesca Amadora, em setembro de 2010, foi o primeiro sinal.

No entanto, ao tomar conhecimento da proposta de regulamentação para a pesca amadora fiquei muitíssimo preocupado com o futuro dos clubes informais de pesca, bastante semelhantes em funcionamento aos clubes de matemática, de xadrez, de buraco, ou ainda dos fãs clubes de artistas, que ainda que pequenos, deixam sua contribuição para o que representam. No caso do Clupesal, a pesca de arremesso e a proteção ao meio ambiente.

Esses clubes são constituídos por pessoas apaixonados pelo mister que move o clube, não têm pretensões de lucro e o único retorno que têm é a satisfação pessoal pelo crescimento dos associados. Tal qual este blog.

O Clupesal, por exemplo, pode ser definido em uma comparação com a prática de jogar dominó, ou buraco (biriba): Um grupo de amigos que se reúne, seus membros praticam o esporte, ou jogo, anotam seus pontos e compram os troféus destinados aos que se destacaram, sem gerar nenhum lucro.

É claro que há benefícios indiretos às comunidades que os acolhem, como por exemplo, quando fazemos uma etapa em uma cidade ou vila do interior, levando a esta força motriz ao seu comércio e ao ramo de prestação de serviços. Em Sítio do Conde, por exemplo, imagino que injetamos cerca de R$ 3.000,00 na economia local em apenas dois dias.

Quando comparamos os objetivos acima com a proposta para a nova regulamentação da pesca amadora, temos certeza da morte certa desses clubes, pois as responsabilidades para os que organizam, mesmo que seja de forma rotativa entre os seus membros, é muito grande e muito burocrática. Continuar realizando os torneios sem seguir a regulamentação, nem pensar.

  • Art. 11° A pessoa física ou jurídica que organize, promova ou realize competição de pesca amadora no Brasil deve ser previamente inscrita no RGP e portar autorização do Ministério da Pesca e Aqüicultura para cada competição a ser realizada
  • Art. 17º: A Autorização para Competição de Pesca Amadora é válida apenas para a prova na data e local para a qual foi expedida, ou para as datas e locais presentes no calendário anual submetido.
  • §1: Se a competição de pesca amadora não for realizada na data prevista em decorrência de eventos climáticos extremos ou outros de qualquer natureza que impeçam a sua realização, fica dispensada de nova autorização caso aconteça em até 10 dias após a data prevista na autorização. Caso seja postergada para além de 11 dias após a data original, o organizador deverá requerer junto à SFPA, sediada na Unidade da Federação de realização da competição, o adiamento da Autorização para Competição de Pesca Amadora.
  • Art. 18° No prazo máximo de 30 (trinta) dias após o final da competição, o organizador da competição deverá enviar o relatório do evento à SFPA com as seguintes informações:

  • a) número de competidores embarcados, desembarcados ou subaquáticos;
  • b) número de embarcações, se for o caso;
  • c) quantidade capturada por espécie (em peso ou número de exemplares);
  • d) freqüência acumulada por classes de comprimento das espécies listadas no anexo X

Mas o que podemos fazer para que clubes como o Clupesal sobrevivam e cumpram seu mister gerando satisfação aos seus membros?

A única saída que vejo é sensibilizarmos o órgão regulador para que a abrangêngia da nova regulamentação seja limitada a torneios a partir de uma determinada quantidade de participantes, 30, por exemplo, que não ocupem uma faixa de praia maior que 900 metros e que tenham prêmios com valores acima de R$ 30,00 reais. Para esses pequenos clubes, a mensagem de proteção ao meio ambiente passaria a ser ostensiva, através de placas , faixas ou cartazes e e não mais restrita aos seus membros. Com isto diferenciaríamos um torneio como o do Clupesal de torneios que oferecem até carros de prêmios e que ocupam uma faixa de praia de até vários quilômetros.

A diferença para os fãs clubes e clubes de jogos, é que os torneios são realizados em área pública e se utilizam de recursos da natureza e portanto devem obedecer as regras aplicadas ao pescador amador individual.

Mas um relatório seria obrigatório, não na forma que está na regulamentação, uma mais simples onde se teria as espécies pescadas e o peso total, e o emissor do relatório seria um dos cidadões participantes, identificado por seu CPF.

Proponho então, amigo pescador, a confecção de uma correspondência na forma de “abaixo assinado” ao ministério da pesca com a proposta acima. Vamos participar. Comentem este post. Cidadania e democracia é isso ai.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Pescaria em Massarandupió

Finalmente hoje fomos eu e o André Barbosa a Massarandupió. Saímos daqui de casa às 05h00 e às 06h30 já pescávamos.
Desta vez ficamos a cerca de 700 metros ao Norte do local que fiquei anteriormente. Paramos o carro em um local que tem um visual maravilhoso, onde famílias tomam banho de água doce. A foto foi tirada quando já saíamos.
Lancei a primeira vara e fui lançar a segunda. Enquanto vou andando, olho de longe a primeira vara dar um puxão e em seguida umas balançadinhas, bem ao estilo bagre. Como o André estava próximo, gritei para ele e ele foi trabalhar o peixe. Ainda bem que foi o André e não eu, pois o anzol era um minúsculo Unagui 10 e ele fez tudo direitinho, trazendo esta bela arraia.
Cortei o ferrão da arraia e fui lançar novamente. E coloquei "na boca" desta bela pescada branca, que atacou a isca mal ela pousou na água em uma bela batida que parecia até de um peixe bem maior. Quando chegou na espuminha ela deu vários pulos, no melhor estilo brigador.

E até as 10 horas pegamos uma variedade grande de peixes, onde as únicas repetições foram de bagres (todos soltos) e betaras. Saímos cedo por conta de um compromisso que terei mais tarde e para não forçar a barra do André, ainda em recuperação. Apesar de cansativo para ele, o efeito benéfico de uma pescaria é evidente.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Material Substituto Para Fabricação de Chumbadas

oje eu iria pescar em Massarandupió com o Adelson, André Barbosa e o Deco Loureiro, mas uma forte virose derrubou-me. Fiquei também sabendo que o Adelson está fora de combate desde a sexta feira pelo mesmo motivo. Aproveitei então para fazer este post.

Não sei por qual razão, fui parar em uma página de uma companhia chinesa propondo o uso do tungstênio para "chumbadas" e "jigs "de pesca. Como originalmente naquela página há traduções para várias línguas, deduzi que este metal abunda na China, pois foram criados vários "sites espelhos", como faz o Mercado Livre, para dar visibilidade ao que se quer vender. Clique aqui para ver.
O amigo deve estar se perguntando qual o motivo deste post se duvidamos do potencial maléfico do uso do chumbo na atividade de pesca, principalmente na pesca esportiva, já que esta não possui dimensão para causar qualquer dano significativo ao meio ambiente. A resposta é um projeto de lei que está na Câmara dos Deputados desde de 2004, o PL 4.076/2004, proibindo especificamente o uso de chumbo nas atividades de pesca. Clique aqui para vê-lo.

Não sou favorável ao uso do chumbo, gostaria de ter outro metal, ainda que um pouco mais caro, mas o projeto de lei na forma que está é uma verdadeira afronta ao bom senso.

Considerando que o material a ser substituído fosse o indicado no projeto de lei, veja figura abaixo, qual seria o tamanho de uma "chumbada" esférica de 125 gramas?


Pois bem, como não consegui achar em nenhum local o peso específico do material proposto, tive que calcular tomando por base as informações da figura acima informando que uma esfera de 30 mm de diâmetro pesa 43 gramas.

Então já que o volume da esfera é definido por (4x3,1416x0,015^3)/3 teremos então uma densidade de 3,040 t/m3. É muito pouco quando comparado ao chumbo que tem densidade de 11,040 t/m3, ou seja, quase quatro vezes maior. A densidade do tungstênio é 19,25 t/m3, mais de seis vezes a do material proposto.

Mas de que tamanho seria nossa "chumbada" esférica de 125 gramas feita com o novo material cerâmico? E se fosse feita de tungstênio? As respostas a essas perguntas estão na figura abaixo.
Nossa "chumbada" esférica "ecológica" de cerâmica teria então um diâmetro de 43 mm, exatamente do tamanho de uma bola de golfe. Visualmente a diferença de tamanho para uma "chumbada" de chumbo de 125 gramas seria a da figura acima. Pode até não parecer muito se você não pensar em termos aerodinâmicos, mas a diferença de área entre a "chumbada" de cerâmica e a de chumbo é de 104%.

Não tem idéia ainda? Pois imagine se você tivesse que viajar com seu carro em uma autoestrada com um bagageiro no teto cuja área frontal é do mesmo tamanho da área frontal do seu veículo. Acordou, agora?

Considerando a boa fé do ex-deputado, que quer despoluir os rios e ajudar a empresa de cerâmica de sua cidade, fabricante da tal chumbada, a "decolar", o que de fato ocorreria é que ao se tirar do mercado formal e legal a fabricação deste material, fatalmente a fabricação passaria para a clandestinidade, pois o produto substituto é inadequado e o chumbo é facilmente encontrato e é de fácil manipulação. Tudo isso por um risco e perigo que não foram técnicamente mensurados e avaliados. Como exemplo de situação legal contrária, temos a legalização dos microcomputadores e notebooks pelo governo Lula a uma aliquota menor, o que praticamente acabou com o contrabando e o estado passou a recolher os impostos que eram sonegados.

Como o produto alternativo proposto em lei é inadequado, nossos parceiros chineses que enxergam mais que deputados e lobistas, mesmo tendo os olhos amendoados, já tinham colocado no ar a solução "boa" deles.

Mas o tungstênio é viável?

O único fator a considerar é o preço, pois sua densidade de 19,25 t/m3 a faz ótima para a pesca esportiva. Por ser o tungstênio uma commoditie, podemos comparar seu preço internacional ao preço internacional do chumbo e inferir quantas vezes seu preço seria superior ao do chumbo aqui no Brasil. Na figura abaixo se verifica que o tungstênio custa 16 vezes mais que o chumbo.
Se considerarmos a dificuldade de trabalhabilidade, maior no tungstênio que no chumbo, vamos estimar que este custo seja de 20 vezes mais. Como estou comprando chumbos a R$ 16,00 reais o quilo, este passaria para R$320,00 o quilo e a nossa chumbadinha de 125 gramas que hoje compro por R$ 2,00 passaria a custar R$ 40,00. É mole?

No Brasil o tungstênio praticamente deixou de ser produzido devido ao baixo preço ofertado pela China. Se quiser saber mais leia o artigo do economista Jorge Luiz da Costa do DNPM, clicando aqui.

Quanto ao projeto do ecológico ex-deputado, embora tivesse recebido em uma das comissões um parecer contrário por indicar um fabricante específico para o material que substituiria o chumbo (item que foi retirado por deputados sérios), só foi arquivado devido ao propositor ter tido seu mandado negado pelos eleitores, não se reelegendo. Mas até o dia 01/07/2011, conforme o Estatuto da Câmara, o propositor pode desarquivar e dar continuidade, mesmo estando fora da atual legislatura. Vamos ficar de olho.

O projeto de lei que quase foi a plenário, mesmo sem conter na justificativa qualquer argumentação técnica, mas citando o fato de algumas aves nos USA comerem as esferas de chumbo confundindo-as com grãos, o que seria motivo para proibir o chumbo nas atividades de caça e não de pesca.

Na justificativa o ex-deputado também cita genericamente os males causados pela ingestão de chumbo, como se a pesca fosse a única atividade concorrente para o envenamento. Mas com todos esses vícios, ainda assim o projeto quase foi a plenário.

No projeto de lei o ex-deputado cita: "Devemos parar imediatamente de jogar lixo e detritos tóxicos em nossos rios e lagos, para termos água de boa qualidade no futuro." Como o ex-deputado é da bancada de São Paulo, fico a imaginar como o Tietê, a altura da Cidade de São Paulo, ficará maravilhoso sem as "malditas poluentes chumbadas". Não teremos mais enchentes. :-)

Como o chumbo está presente em quase todos os produtos da vida moderna, das tintas até o revestimento de cabos e composição de espumas, pelo que se costuma jogar no Rio Tietê imagino que a quantidade de chumbo perdido em um ano na atividade de pesca no Brasil seja bem inferior a quantidade de chumbo contida nos materiais descartados, no mesmo período, no Rio Tietê. E no entanto...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Reparando o Aro do Molinete Daiwa Emcast


Possuo um molinete Daiwa Emcast 6000 que está quebrado há cerca de um ano. Quebrou bem no aro, no local indicado pela seta na figura ao lado.

Fiz a compra de um novo aro no Canadá, no Mike Reels Repair, e para meu desespero a peça que chegou embora seja realmente do Emcast 6000, não era para o molinete fabricado para o Brasil por uma pequena diferença na roldana de linha. Como não valia a pena trocar, deixei para lá.

Mas no início do mês o segundo Emcast do mesmo modelo quebrou também o aro, e no mesmo lugar. Ai já é demais!

Sem um molinete grande, fui quebrando o galho com os dois Emcast 4500 que possuo. Mas no último torneio, com os peixes comendo bem longe e sem um molinete de grande bobina que turbinasse os meus lançamentos, resolvi consertá-los.

Contatei então uma grande casa de reparos de molinetes de São Paulo, mas eles só tinham um aro e o custo total, com frete, seria de 1/3 do valor de um molinete novo. Não valia à pena.

Lembrei-me então dos ensinamentos do saudoso amigo Célio que colava tudo com uma mistura de massa epóxi com resina epóxi, basicamente Araldite com Durepóxi.

Na semana passada peguei os dois molinetes, uma caixa de Durepóxi e a cola Scoth Mix, forcei o aro no local e foi revestindo-o com uma camada fina de cola, deixei secar por 7 minutos e envolvi a cola com uma camada fina de massa epóxi, deixei secar por duas horas e apliquei mais uma camada de cola, sete minutos de cura e em seguida outra fina camada de massa epóxi. Fiz 3 camadas e finalizei com um revestimento de cola.

No domingo, levei uma carretilha e os dois molinetes recém reparados e testei os dois. Funcionou perfeitamente, mesmo com o sargaço pesando na linha. Dez minutos depois que comecei a usar até esqueci que estavam reparados. Um sucesso.

Veja na foto que não ficaram bonitos, mas estão funcionando. Enquanto isso, vou tentar comprar os aros no mercado internacional.



quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Nova Edição do Pesca Nordeste

Não deixe de conferir, clicando na imagem.

Nesta edição há um excelente artigo do completíssimo pescador Fabrício Prado, do Blog Paraíba Pesca, sobre construção de iscas.





segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Porta Elastricot III

Por duas vezes já postei aqui sobre o uso do elastricot, um fio finíssimo de elastano, e seu "porta elastricot", e seu uso na pesca de praia para amarrar iscas. Clique aqui e aqui para ver.

Agora chegamos a geração II do nosso "porta elastricot". É o dispositivo que que está no pulso do brasileiríssimo pescador abaixo. O de "primeira geração", feito com uma fita de elástico como pulseira, só permitia o uso por uma vez, já que sujava e ao lavar se deformava, ficando folgado no pulso.
A parte do potinho e do carretel não mudaram, continuam da mesma forma que antes. É usado um potinho desses usados para produtos em granel, sejam missangas ou pós luminosos, encontrados em armarinhos e lojas de artigos para perfumistas. O carretel é desses comuns para maquinas de costura doméstica.

Para fazer o potinho com o elastricot, pega-se o carretel de máquina de costura e lixa-se (lima) para que caiba no potinho (eu usei uma mine retífica tipo Drenmel) , deixando como um carretel cônico de molinete. Aliás, o Roberto Martins ao analisar, classificou-o como "molinete de elastricot".
Depois enrola-se nele o elastricot, cabem cerca de 70 metros, manualmente ou com a ajuda de uma parafusadeira.
Em seguida, pega-se a tampa do potinho e enche-se com silicone. Se você optar por não encher a tampa do potinho, também funciona, mas o fio sai muito fácil e pode haver desperdício.
Depois da tampa cheia, coloque o carretel de maquina de costura já com o elatricot no fundo do potinho. Use cola branca, ou qualquer outra cola para plástico, para fixar o carretel no centro do fundo do potinho. Pegue uma agulha de costura fina se você não usou o silicone, e grossa se usou, e enfie o fio de elastricot na agulha e passe pelo centro da tampa do potinho.

Se não tem "saco" para fazer isto, compre o potinho da Albatroz Fish, com 100 metros de elastricot, na loja de pesca PAPASIRI, clique aqui para ver. è possivel você regarregar ele inúmeras vezes.

Agora a parte nova, a da pulseira: pegue uma placa de EVA de 2 mm de espessura, dessas vendidas em armarinhos e casas de produtos para artesanato, e recorte uma tira de 23 cm por 3,5 cm de largura e uma outra tira de 10 cm por 3,5 cm de largura.
Pegue a tira de 10 cm e chanfre as extremidades com um estilete.
A partir do centro, marque na tira de EVA maior, conforme a figura abaixo. A unidade é centímetros.
Passe agora a cola quente, bem quente, em um dos espaços de 2 cm, nos limites do retângulos de 2 cm, e cole um dos lados da tirinha de 10 cm. Não demore, pois a cola não pode esfriar. Aperte com os dedos para garantir a colagem.
Repita a operação no segundo espaço de 2 cm e você terá agora uma configuração como a da foto abaixo. Pegue então duas tiras de velcro com a largura igual a da tira de EVA.
Cole agora um dos pedaços do velcro em um dos lados da pulseira, também usando a cola quente.
Depois cole o outro pedaço de velcro, já levando em conta o tamanho do pulso do usuário.
Coloque o tubinho com o carretel de elastricot e já está pronto para o uso.
Como alguns colegas que me viram usando no último torneio do Clupesal elogiaram bastante, preparei algumas unidades para eles, esgotando todo o velcro, EVA, tubinhos e bobinas que tinha em casa.
Enjoy.

Informação incluída em 16/02/2011 - um alerta dado por um colega pescador que também é médico: Como em pescarias você chega a ficar mais de 4 horas pescando, certifique-se de que você não tem alergia ao contato com EVA ou, preventivamente, isole o EVA de sua pele com algum tecido ou a manga de uma camisa longa. Já usei por 6 horas seguidas e em dois dias por quatro horas ao dia, sem problemas.


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Pescaria no Buraco do Padre - Testando a Sumax Surf Coast


Fui hoje ás 05:30 ao Buraco do Padre, aqui no Principado de Stella Maris.

A última vez que tinha estado por lá foi em meados de novembro do ano passado e tinha muito sargaço. Hoje não foi diferente, logo ao chegar a areia cheia de sargaços indicava que a pescaria não seria fácil, não só pelo fato do sargaço pesar na linha, mas também por ele esconder a isca. Clique aqui para ver dicas de como "sobreviver" ao sargaço.

Como estou decepcionado com a performance da vara Sumax Surf Coast, recém comprada após um esforço orçamentário, aproveitei a ida a praia para esgotar as possibilidades com ela. Aproveitei também para testar um reparo que fiz em dois molinetes.

Primeiro utilizei ela com uma carretilha sem devanador, uma Marine Caster e usei chumbadas de 110 (redonda), e 115 e 125 gramas (piramidais triangulares) e com todas não passei dos 90 metros. Usei uma linha 0,30, sem líder, e uma parada (chicote) de 3 anzóis iscados com pititinga, tudo para ficar bem próximo da realidade. Esta baixa performance eu já tinha notado no último torneio.

Instalei então o molinete Daiwa Emcast 6000 abastecido com 125 metros de linha multi 0,18 da marca Pelagic e usei a chumbada piramidal de 125 gramas e como com o molinete a linha sai em excesso, formando uma catenária (barriga) , diferentemente da carretilha, fui fazer o lançamento em seco, na areia, e medi com com padrão que usamos para medir as raias em torneio de pesca.
Meti o braço e quando a chumbada tocou a areia tinha saído os 125 metros da multi, mais 8 metros do líder e mais alguns metros da cama do molinete. Pensei: caramba, mandei há cerca de 125 metros.

Fui medir com o padrão e acompanhando a linha já fui vendo que a catenária (barriga) tinha sido grande. Medi 100 metros no padrão, contei 12 passos e achei o chumbo enterrado na areia. Resultado: lancei cerca de 110 metros. Muito bom. Os Emcast 6000 recém reparados farão par com a vara Sumax Surf Coast.

O que posso deduzir do pífio desempenho da Surf Coast com a carretilha, ao contrário da Vara Rainbow Coral com a qual eu lanço mais longe quando uso uma carretilha, é que ela tem uma "espinha" pronunciada, clique aqui para saber mais a respeito de "espinha da vara", e ao trabalhar invertida, caso de uso com carretilha, sua ação diminui bastante.

Sai de sapateiro. O único peixe que vi foi uma garoupinha de são tomé, pescada por um colega que lançava sobre as pedras, ao norte de onde eu estava.



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Diário de Torneio XV

No sábado e domingo passados aconteceu em Sítio do Conde a Segunda Etapa do VIII Torneio Individual do Clupesal.
Como na sexta feira recebemos nossos irmãos em casa para saborearmos um excelente carneiro preparado por Lindinalva, desde a quinta feira que a viatura já estava com o material de pesca e o do clube arrumados. Também na quarta feira eu e o Bruno fabricamos mais de 20 chumbadas triangulares de peso entre 115 e 130 gramas.

Acordei no sábado por volta das 05h00 e fui a Itapuã comprar pititinga. Como os barcos estavam demorando de chegar, desisti e usei uma pititinga pré-histórica que estava no freezer. Clique aqui para ver como congelar a pititinga.

Saímos daqui de casa as 08:00 horas, eu, Lindinalva, Ana Luiza e Bruno. Paramos no supermercado em Lauro de Freitas e compramos camarão, cerca de 250 gramas para cada dia, para cada um.

Chegamos em Sítio do Conde, na pousada Hawai, por volta das 10h15min, saímos com tempo de folga e viajamos tranquilos. Fomos recepcionados pelo simpático Seu Edi, proprietário da pousada. Dona Vilma, sua esposa, tinha ido à igreja. A Pousada Hawai tem acomodações boas a um preço justo, com ar condicionado, frigobar e tv e excelentes toalhas e roupas de cama. Clique aqui para acessar o site da pousada.

Almoçamos na pousada e as 11h30min fomos ao local do sorteio, em Curral Falso, há cerca de 3 quilômetros da pousada. O sorteio aconteceu as 12h10min e reservamos 3 setores para os pescadores que estavam a caminho e fizeram contato telefônico, o Juca, o Alessandro e o Gustavo que só chegaram por volta das 13h30min. Veja na foto do sorteio, abaixo, o quanto o dia estava belo.
A grande notícia do dia foi a volta do Guilardo, presidente do Clupesal, depois de uma longa ausência. O Guilardo é sempre apaixonado, inclusive pela pesca, e é um verdadeiro ícone na pesca de praia. Sou um grande aficionado e incentivador da pesca de praia, mas o Guilardo é muito mais que qualquer outro que já conheci. Sua receptividade e incentivo aos novos pescadores são excepcionais e lembro da boa acolhida que tive em 2006 no clube, de todos e principalmente dele. Ave Guilardo, os que querem aprender te saúdam.
O dia esta realmente muito bonito, mas exigia proteção extra e o Vicente, com hiper sensibilidade na pele do rosto, não brincou com os raios ultra violeta usando um boné de super proteção que presenteamos a ele. Uma outra unidade deste boné está aguardando um casal de sobrinhos nossos que virão da Alemanha este mês (-7 Cº a temperatura na Bavária).
As 13h15 disparamos os foguetes e teve início a pescaria. Fiquei na raia 9 e o Bruno na 11. Na 8 ficou o Adelson e na 10 o Pernambuco.

Os peixes não estavam por perto e durante todo o tempo tive que lançar longe e os peixes foram aparecendo. De minha raia eu via o Bruno tentando lançar longe e sua linha estourando a cada arremesso. Mais tarde, na pousada, conversamos e aconselhei ele a usar um líder (ou leader) que é uma linha mais grossa antes da linha principal para poder resistir as "pancadas" que ele estava dando. Para saber mais sobre líder e arranques progressivos, clique aqui.

As 17h15mim encerramos o primeiro dia e fomos para a pousada fazer a pesagem. E foram muitos peixes.

O Aloysio se deu bem e capturou 5,515 kg de peixe (o cara tá pescando muito!!!) e ficou com o primeiro lugar neste dia. Eu fiquei em sétimo e o Bruno, amargando um sapato, ficou em último.
Ao final do dia foram pescados quase trinta quilos de peixes e o montante para a doação feita pelo André foi a da foto abaixo, onde predominavam peixes bons de mesa, tais como as carapebas (muitas), paratis e betaras. Praticamente não tinha bagres.
Findo o dia, jantamos e tomamos o café da noite na pousada. Comemos uma carne de porco preparada por Lindinalva. Outros pescadores também jantaram na pousada ou foram para a praça de Sítio do Conde.
No segundo dia acordamos as 05h00 e as 05h30min tomamos o excelente café da manhã da pousada Hawai. Fomos para a praia e a pescaria começou as 07h30.

Fiquei na raia 17 e os peixes estavam sumidos e os que apareciam estavam distantes. Os poucos que peguei, sete, foram capturados longe. Por sorte domei a vara Sumax Surf Coast e com uma chumbada de 125 gramas estava arremessando a cerca de 100 metros usando uma carretilha Sumax. Na verdade peguei 8 peixes, mas um deles foi um tubarão martelo de cerca de 40 cm e consegui soltá-lo ileso. Ficou só uma foto tirada pelo Pernambuco, mas ainda não enviada para mim.

E o Bruno, como foi? Iniciou o dia muito mal, pois o líder que colocamos, da linha marca Traíra, de pouca memória, escorregava pelo carretel do molinete, um Mariner Beta 600, e enrolava no eixo do molinete. Com a ajuda dos "tutores" André Barbosa e Adelson, retiraram o carretel e desenrolaram a linha e o Bruno voltou a pescar. O problema que ocorreu com ele está relatado aqui no blog e clique aqui para ver.

Mas o Bruno deu a volta por cima e capturou, dentre outro peixes, essa bela arraia, que teve o ferrão retirado com muito cuidado.
O peso da arraia foi "conferido" pelo André Barbosa.

As 11h30min o foguete foi disparado e fomos para a pesagem. Peguei apenas sete peças e permaneci em sétimo lugar.

Em quinto lugar ficou o Belo Júnior, na foto com a Sabrina.
Em quarto ficou o Adelson, que recebeu a medalha do Marcelo.
Em terceiro, mesmo chegando atrasado no primeiro dia e atolando o carro no segundo, ficou o Juca e recebeu o troféu das mãos do Guilardo.
Em segundo, fazendo barba e cabelo, pois levou a medalha da maior quantidade (48 peças) ficou o Deco Loureiro e recebeu troféu e medalha das mãos de Vanesca. Este é outro que tá pescando muito!!!
E em primeiro, o Aloysio que recebeu o troféu das mão da Mirian.
O Alessandro Gentil recebeu também do Gustavo e do Juca o troféu de primeiro lugar e a medalha de maior quantidade referente a Etapa de Sauípe, a primeira.
E o Bruno? Por ter capturado essa bela arraia mostrada pelo Joel....
....em uma clara lição de que em pescaria temos que ser persistentes, levou a medalha do maior peixe da etapa, entregue por Ana Luiza.
As fotos são do Guilardo, Miriam, Ana Luiza e Aloysio.

Para ver mais fotos dos albúns da etapa, preparados pelo Aloysio, clique aqui e aqui