quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Balanço do Blog

Começamos o MilPesca em 22 de junho desse ano. Os posts iniciais contavam minha experiência com o uso da carretilha, cuja intenção era "descobrir" por experiência própria qual equipamento lançava mais longe, se a carretilha ou se o molinete, na realidade do pescador de praia médio: eu.

O objetivo mudou e passou a ser principalmente a divulgação e simplificação da pesca de praia compartilhando no Blog o que sei e o que vou aprendendo com os colegas e amigos.

Contei com a ajuda do André Loureiro (Deco), do Jair Lopes (Dos Bitelos) e do Júnior Costa (Juca) que comentaram e ajudaram a dar forma no leiaute (sim, essa palavra existe, está lá no Aurélio) final do Blog antes da publicação. Mantive um ritmo de postagem de praticamente uma postagem ao dia por três meses.

De lá até hoje fizemos 134 postagens e recebemos mais de 7.500 visitas. Foram visitadas, somadas, quase 18.000 páginas do Blog (cada página tem 10 posts).

Toda vez que eu esmorecia um pouco, ou meu trabalho me fazia diminuir o ritmo de postagens, recebia dos amigos incentivos com palavras gentis e muito generosas sobre a qualidade do blog que me faziam continuar a tarefa de divulgação e disseminação da pesca de praia.

Tentei ganhar dinheiro com o Blog na tentativa de pagar ao menos as despesas de Internet e do domínio que criei, mas as propagando em excesso "sujavam" o visual e eu acabei desistindo delas. Do ponto de vista econômico, o Blog é um péssimo negócio.

Nessa tarefa de divulgação e disseminação da pesca de praia o Blog aprofundou o meu relacionamento com os fundadores e diretores do Clupesal, pessoas abnegadas na prática e difusão da pesca de praia, muitas vezes injustiçados justamente por àqueles de quem deveriam receber os maiores incentivos para continuarem com o trabalho - já que gostam do esporte- mas que surpreendentemente, inconscientemente, promovem a desarmonia do grupo, fazendo-o perder componentes importantes, e gerar um grande desestímulo aos incentivadores. Quem realmente gosta da pesca de praia tem que ter muito cuidado, muito senso crítico, pois outras sociedades acabaram assim. Afinal, como bem sei, não se ganha dinheiro com pesca de praia. Mas dá um grande prazer.

Quanto a dicotomina molinete/carretilha, com os dois equipamentos originais e utilizando aviamentos comuns ao pescador de praia e varas de pesca de médio custo, alcancei a mesma marca de 125 metros com os dois equipamentos. Tenho um imenso prazer ao pescar quando uso a carretilha, mas a simplicidade , facilidade de uso e funciomalidade de um molinete são incontestáveis. Em minha percepção, estão empatados e uso os dois, prazeirosamente.

Feliz Ano Novo.





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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Argus Acapulco com Low Rider

Estou colocando Low Rider em uma vara Tacom Surf Leader de 4,20 e breve mostro como ficou e uma avaliação do desempenho.

A customização de varas ditas populares, na faixa dos R$ 200,00, com os passadores tipo Low Rider genérico ganhou mais um adepto: O Deco Loureiro.

Ele fez o trabalho em uma Argus Acapulco (veja a vara original na foto da direita) e testou no domingo passado e nos relatou o resultado:

"Gostei bastante do desempenho. Não sei se foi o fato de ter esquecido o óculos escuro em casa, mas por algumas vezes eu nem conseguia ver onde o chumbo caía... Soltava o braço sem medo e nem sinal de laçadas nos passadores !! Gostei bastante !"

Perguntei ao Deco se eu podia publicar aqui no blog e ele não só concordou como também mandou as fotos e mais o relato que segue abaixo:

"Segue as fotos Milton, detalhe da ponteira ainda original. Não apresentou nenhum problema nos arremessos.

Para fazer a montagem dos passadores eu andei olhando as fotos das varas mais baratas e que já vem com LR, como a Sumax Surf Coast e a DAM Eclipse. Ambas usam os dois passadores maiores na mesma seção da cana. Montei assim, mas não gostei, a linha ficava muito próxima ao blank.

Olhei várias fotos de varas tops como as Casini, Gima, Colmic e vi que eles usam apenas o passador maior na seção 2 da vara e o resto é tudo na parte da ponteira. Montei assim e ficou beleza. O test-drive confirmou.

Ah, coloquei os dois maiores virados pra baixo, e o resto pra cima. Igual a montagem das varas top. Diferente da Sumax Surf Coast que além de dois passadores na mesma sessão tem apenas o maior virado pra baixo."

Parabéns Deco, ótimo trabalho.

As fotos são do Deco Loureiro, exceto a da vara original, obtida na net.




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domingo, 27 de dezembro de 2009

Pescaria em Itacimirim - Praia da Espera II

As praias do Flamengo e Stella Maris continuam cheias de sargaços.

Estávamos acreditando que nessa lua a maré limpasse, mas uma nova "leva" de sargaços "entrou" e a pesca de arremesso em Salvador está um tormento, desde a Barra até Busca Vida.

Fomos então nesse sábado, dia 26, a Itacimirim com o Célio, o Márcio e o Beto. Márcio é sogro de meu irmão e o Beto é genro do Márcio, ambos mineiros. O Márcio já tinha pescado na praia e rapidinho pegou o jeito novamente e o beto, mágico amador(*), com muita habilidade manual, pegou logo o jeito e com a vara Dam Emotion na terceira tentativa já mandava a cerca de 70 metros.

"Enjoamos" de pegar peixe. Levamos uns 25 peixes, os maiores, uma parte tratada (limpa) pelo Márcio, e soltamos outro tanto de bagres e peixes menores. Veja as fotos.
Célio

Márcio


Beto

Usamos como isca a pititinga fresca comprada na Praia de Amaralina às 05:40h. Eu e o Célio Usamos anzóis Gamakatsu Offset nº 2 e o Márcio e o Beto anzóis Akita 10, dourado, com olhal, (tínhamos que garantir os peixes para os mineiros, ora). As 11:00 fomos embora.

Desnecessário dizer que os amigos mineiros adoraram a pescaria de praia. Ficamos de repetir na próxima semana.

*o Beto já chegou a Salvador com uma missão para o Natal: fazer uma apresentação para crianças do Bairro do Uruguai, antigo bairro dos Alagados, que era composto de palafitas (casas construídas sobre estacas de madeira dentro da água da Baia de Todos os Santos)
Publicar postagem
na década de 70/80. A apresentação foi um sucesso. Parabéns ao Beto.

Informação colocada em 01/01/2010
O Beto desde o dia 21/12/2009 recebeu seu registro na entidade de classe dos mágicos e passou a ser um mágico profissional. Nossas felicitações, mais uma vez.


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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Presente de Natal

Tivemos uma ótima Noite de Natal.

Passamos na casa de Célio e Sônia por volta das 08:00 horas e depois fomos para a casa de meus pais, onde já estava toda família. Os que estão na Coréia participaram via "see you see me" (Windows Messenger) e ficou a sensação de proximidade.

Creio que fui um bom menino esse ano, pois recebi do Paiceiro Célio o presente abaixo, talvez escolhido pelo detalhe ufanista que adoro (veja considerações abaixo), colocado pelo fabricante na embalagem.
Por falar em ufano, esse adjetivo foi transformado pelos que sempre quiseram, e ainda querem, vender (e barato) esse país em algo pejorativo. Aproveitaram-se da baixa autoestima então reinante para fazer isso, depreciar-nos. Agiam e ainda agem como um corretor mau carater que "esculhamba" seu carro, ou seu imóvel, para poder auferir um lucro maior.

Ufanismo e patriotismo, em minha percepção, se confundem e somos sim o melhor país, o mais belo, temos as mais belas praias, o melhor clima, os melhores pescadores, o melhor povo... e por ai vai.



quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal e Próspero Ano Novo






Feliz Natal e um próspero Ano Novo, com muitas pescarias e muitos peixes fisgados.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O que ando fazendo II

Tenho ficado sem postar esses dias. No trabalho estamos nos reestruturando para enfrentar o ano de 2010 e isso tem ocupado uma boa parte do tempo. Em casa as obras continuam. Parece até "obra de igreja": não acaba.



As praias daqui de Stella Maris têm estado com muito sargaço, principalmente no Buraco do Padre. Não tenho ido para outras praias, mais longe, pois apenas hoje consegui transferir um veículo recém comprado de São Paulo para aqui. A transferência no DETRAN Bahia foi feita em pouco menos de uma hora e meia, inclusive com vistoria e troca das placas, mas a liberação do veículo em São Paulo levou 20 dias.

Acho que o DETRAN paulista deve dar muita dor de cabeça aos paulistanos pois parecem viver na época da máquina elétrica. Imagine que ainda usam um cartãozinho de protocolo para você acompanhar o processo. Sério. Tenho uma cópia aqui comigo, enviada pelo desesperado proprietário anterior, envergonhado por ter me vendido um carro que eu não conseguia ter a posse. E, além disso, ele deve ter gasto uma nota em despachantes.
Mas falando de pesca: resolvi colocar low rider genérico na vara Tacom de 4,20. O low rider genérico que coloquei nas varas Killer e Coral há cerca de seis meses têm se comportado muito bem, inclusive com o uso de multifilamento, sem desgastar os passadores., clique aqui para ver o post a respeito. E como o valor é bem em conta e o resultado com a vara Coral foi excelente, não há motivos para não fazer.Comprei os passadores low rider da Boa Isca. Após ter pago a compra, solicitei a inclusão de mais um passador pois a Tacom é de ação média, a vara "dobra" bastante, e pretendo também usá-la com carretilhas, e mais um buttcap para a vara Coral.

O Jairo, lá da Boa Isca, não só inclui os dois itens adicionais para aproveitar o frete com o enviou o pedido mesmo antes de eu ter feito o pagamento complementar. Paguei ontem o complemento e agradeci a confiança. Depois que fizer a instalação dos passadores, testo e conto aqui o resultado.


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domingo, 13 de dezembro de 2009

Pescaria e Clupesal na Mídia

Em sua edição de hoje, o Jornal ATARDE trás na seção "Esquente", uma série de artigos com foco no verão, inclusive citando o Clupesal e com a participação do Erwin Bobel.

Clique no link abaixo parea acessar.


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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Identificando Peixes

Quando se pesca um barbudo, conhecido também como parati, ninguém tem dúvida para reconhecê-lo. Idem para um bagre comum ou ainda para um peixe galo. Um exemplo é o baiacu abaixo, identificado em um torneio do Clupesal como "baiacu dom-dom". Mas que poderia muito bem ser o "baiacu ronaldinho", dada sua semelhança com o craque.
Mas quando se trata de guaricemas a coisa complica: são diversas espécieis, todas parecidas, com diversos nomes e muitos deles regionalizados.

Para complicar ainda mais, alguns peixes mudam sua coloração seja pelo stress durante a captura, época reprodutiva, temperatura ambiente ou pela morte. O que provoca isso são os grânulos de pigmentos coloridos existentes nas células cromatóforos.

Como exemplo, no mês passado o Deco capturou um peixe no Buraco do Padre que na hora da captura pareceu-me um peixe que o Totó (José Carlos Valle) já havia capturado um no mesmo local, mas quando o Deco foi prepará-lo, o peixe estava bastante diferente tendo perdido as manchas azuladas do corpo e sendo, possivelmente uma guaricema.

Na verificação feita pelo Deco no seu recém comprado livro Peixes Marinhos do Brasil, da autoria do biólogo e pescador Marcelo Szpilman, ficou como xerelete azul (uma espécie de guaricema). Abaixo está o comparativo: na foto de cima está o peixe no momento em que o Deco foi prepará-lo, na do meio está o desenho contido no livro Peixes Marinhos do Brasil e na foto de baixo o peixe que indentifiquei como Bonito Pintado, capturado pelo Totó, porém não tenho certeza, e vou reidentificá-lo tão logo tenha tempo.Para melhorar minha identificação dos peixes, para que eu possa ter certeza do nome na hora que publicar aqui no blog, segui a indicação do Deco Loureiro e comprei o livro citado acima, já que ele foi adotado pela CBPDS - Confederação Brasileira de Pesca e Desportes Subaquaticos - para a homologação de recordes. O livro chegou no fim do mês passado, mas ainda não pude dedicar-me à ele.
Foi comprado de um sebo em outro estado por R$ 60,00. e paguei R$ 7,00 de frete.

Se você quer comprar livros e procura preços diferenciados, compre no site da Estante Virtual cujo link está na aba direita daqui do blog, lá embaixo, próximo ao contador de visitas.

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Diário de Torneio V

(clique nas fotos para ampliar)
Estivemos eu e Lindinalva nos dias 5 e 6 em Barra do Itariri participando do 5º Torneio de Duplas do Clupesal, uma ótima oportunidade de rever os amigos pescadores e suas famílias, compartilhar as novidades em técnicas e equipamentos.

O Célio não pode ir e pesquei sozinho. Como novidade em isca levei para mim e para Equipe Los Caiçaras (Deco Loureiro e Jair Lopes) o tamarú, o corrupto soteropolitano, que tanto trabalho nos deu para localizar e capturar. A Equipe Los Sapateiros, (Fabian e Henrique), também levaram o tamarú e gentilmente me cederam um pacotinho ao qual retribui com um pacote de pititinga.

Como novidade de equipamento, o Erwin estreou um molinete Daiwa Tournament fabricado no Japão, levíssimo e de funcionamento suavilíssimo. Uma Jóia.

Primeiro Dia
Chegamos por volta de 11:00 h na Pousada Dourada e fomos recebidos por Dona Duzinha e já encontramos por lá o "Seu" Belo, Vicente, Júnior e a Cristiana. Almoçamos a excelente feijoada preparada por Lindinalva e rumamos para o local do sorteio.

Duas novas equipes participaram dessa etapa com um total de quinze equipes participando. O sorteio foi realizado e peguei a raia 4. Disparado o foguete, lancei as duas varas iscadas com o tamarú e cinco segundos depois teve a primeira batida e veio essa bela perna-de-moça (betara).Oba, pensei, o tamarú é eficiente. E lancei uma nova vara também iscada com o tamarú. Meia hora depois não tinha tido uma nova ação. Comecei a substituir o tamarú pela pititinga e nada. Fiquei até o fim do dia com uma vara com pititinga e outra com o tamarú. Peguei mais uma pescada branca e um bom parati de cerca de 170 gramas, num total de 750 gramas, todos dois na pititinga.

Durante a pesagem fiquei reparando que em termos de tamanho os meus peixes estavam dentre os maiores e que fora uma arraia de 1,5 quilos capturada pelo Los Sapateiros, todos os outros exemplares tinham tamanho mínimo.

Segundo Dia
Já fui pescar, agora na raia 13, convencido da ausência dos grandes exemplares, e a contra gosto diminui o tamanho dos anzóis. Pesquei com duas varas com o anzol Gamakatsu Maruseigo Ring Eye 16 e duas com o Gamakatsu Offset 2. Na verdade com apenas uma com o Offset 2 pois foram tantas ações que pescando sózinho não consegui montar a quarta vara. O "triplê" de barbudos da foto lá em cima foi com o Offset 2. Praticamente só usei a pititinga congelada.

Capturei 20 barbudos e três bagrinhos, sendo um deles com o tamarú. Aliás o tamarú morto como isca para PDP em Itariri foi uma decepção. Guardei alguns para usar aqui em Stella Maris para ver se funciona.

Na pesagem ficou evidente a total ausência de maiores exemplares, embora se tenha tido uma grande quantidade de peixes. Ao final da pesagem foram dados os resultados da etapa e de todo o torneio, mas como sempre não falarei neles até a publicação no site do Clupesal.

As fotos são de Lindinalva




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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Yes, Nós Temos Corruptos II

Nessa quarta feira, dia 2, acordei decido a capturar alguns tamarús (corruptos) para testá-los como isca no Torneio de Duplas do Clupesal que ocorrerá nos dias 5 e 6 próximos.

Como era um dia de semana, com todos os colegas pescadores trabalhando e só eu de férias, convidei o Olivaldino, um diarista que já nos acompanha a 27 anos fazendo serviços como limpeza de quintal, lavagem de carros e limpeza de vidraças para minha mulher, para irmos ao Bairro de Plataforma.

Passamos em uma casa de material de construção e compramos por R$ 20,00 uma pá "de bico".

Chegamos em plataforma por volta das 9:30 e de imediato comecei a escavar à procura dos bichinhos. Escavei sózinho pois o Olivaldino estava com as costas "estourada". Em meia hora escavei dois míseros tamarús, sendo um deles minúsculo, próprio apenas para um anzol akita 7.

Estava para "enfiar a viola no saco", digo "a pá no saco", e ir embora quando se aproximou um rapaz. Ficou conversando conosco e mostrou-nos como escolher os locais e escavar. Em umas dez escavadas com a pá ele pegou mais dois tamarús. Tentei repetir o que ele fez, mas simplesmente não peguei mais nenhum. O nome do rapaz é Flávio e está a direita, na foto acima.

Propus então ao Flávio pagar 0,50 centavos de real por tamarú de bom tamanho. Com essa motivação, entre dez e onze horas da manhã, quando a maré encheu, pegamos cerca de trinta tamarus, alguns grandes, cerca de três centímetros, outros pequenos, com um centímetro, e mais alguns menores ainda os quais soltamos pois não valeriam à pena. Na foto abaixo está o resultado.
Ao chegar casa, utilizei as instruções contidas em um artigo de autoria do pescador José Lineu Mandato, publicado no site do Guia Pesca de Praia, clique aqui para acessar, para desidratar e congelar. O rendimento foi as porções da foto abaixo, que dividirei com a Equipe Los Caiçaras (Jair e Deco). O meio pratinho da direita contém uma minhoca e alguns caranguejinhos.
Não temos certeza da efetividade da isca, mas como minha intenção é compartilhar a informação de obtenção desses recursos que podem vir a ser diferenciais, como uma forma de equalização de meios para os que estão dispostos a "suar" um pouco mais, não tratando essas informações como "bizús" (segredos).

Na foto abaixo, o local com a maré já encobrindo o local de capturas.

Sim, temos corruptos, mas dá um trabalhão danado pegá-los.


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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Yes, Nós Temos Corruptos

É claro que a assertiva acima refere-se ao crustáceo e não aos servidores públicos e políticos de caráter torto, apesar de também nesse caso a assertiva ser verdadeira.

Tivemos a certeza disto quando saímos no domingo pela manhã eu, Jair e Deco, em uma empreitada para encontrar os bichinhos.

Primeiro fomos ao Bairro da Ribeira e o Deco tentou, com a bomba de sacar corruptos, catar alguns mas é impossível realizar isso com a bomba de sucção pois todo o leito da enseada é composto de areia com pedrinhas e pedregulhos. Embora os sinais da presença deles fossem visíveis, é impossível sacá-los dessa forma (com a bomba).

Puxei conversa com uma "mariscadeira" (mulheres que catam moluscos durante a maré baixa) e ficamos sabendo que o corrupto é chamado de tamarú e que alguns pescadores catam para uso próprio e que ela não conhecia ninguém que pegasse para vender. Informou também que do outro lado da enseada, no Bairro de Plataforma, é onde ela sempre vê pescadores catandos.

Como eu conheço o local de mariscagem de Plataforma, propus ir lá para verificar e o Jair e o Deco toparam.

Chegando lá conversamos com o André, um morador do local que comprava sardinhas frescas de um pescador e ele mostrou-nos algumas pessoas catando o tamarú. Fomos até essas pessoas e puxamos conversa. Elas nos mostraram como faziam a busca, com pás revolvendo areia, lodo e muitas pedras. Apesar de simpáticas, foram incisivas ao dizerem que catavam o tamarú para usar como isca e que não tinham nenhum interesse em vender. Fizemos a foto acima e continuamos a conversar com outras pessoas na tentativa de comprar o tamarú, mas sem sucesso.
Foi quando chegou o André e conversando ele mostrou interesse em fornecer-nos os tamarús mas que sem uma pá não conseguiria cavá-los e como a maré já estava enchendo não teria tempo de ir buscá-la em casa.

Tentei marcar para a segunda feira mas o André informou que estava fazendo um curso de formação e disse que durante a semana não seria possível pegar. Demos uma volta na área com ele e o Deco tentou de novo usar a bomba de sucção e não conseguiu devido a quantidade de pedras.

O corrupto que encontramos difere do corrupto comummente encontrado nos sites de pesca, tendo um número menor de anéis no corpo. Inicialmente achei que era uma fase juvenil do corrupto que conhecemos, mas a absoluta ausência do que seria um exemplar adulto em um universo de mais de 130 exemplares me fez descartar essa possibilidade.

Depois, já em casa, em consultas na Internet verifiquei que existem os dois tipos mas não tive segurança de para definir qual seria o nosso pois tinham vários deles, bem parecidos. Veja abaixo a foto do nosso tamarú:
A citação que encontrei na Internet sobre o uso do tamarú como isca foi em um artigo da revista Biotemas, 21 (4), dezembro de 2008 no artigo "O manguezal na visão etnoecológica dos pescadores artesanais do Canal de Santa Cruz, Itapissuma, Pernambuco, Brasil" de autoria de Marcos Antônio Bezerra Carneiro, Cristiane Maria Rocha Farrapeira e Karla Maria Euzébio da Silva. Clique aqui para acessar o artigo.

Já o corrupto que normalmente é citado por ai e eu inclusive já capturei alguns durante um torneio de pesca em Feliz Deserto, no estado de Alagoas, mas foi o do tipo da foto abaixo:
A foto é do site da CBPDS, o qual o identifica como Lysiosquilla scabricaud, clique aqui para acessar a página sobre o corrupto no site da CBPDS.

Achamos o bichinho, mas não conseguimos nenhum. Nesse dia. Aguarde, o post continuará.

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A vara Tacom Surf Leader é a mesma Ryobi Proskier

No dia 15 de novembro, em uma pescaria em companhia do Deco e do Kesso, notamos as semelhanças entre as varas Ryobi Proskier de 4,20 m, do Deco, e Tacom Surf Leader de 3,90, minha. Fiquei curioso, mas como as varas tinham tamanhos diferentes não pudemos comparar mais a fundo.

No dia 18 de novembro fiz um post com um título parecido com esse, sendo que a única diferença para o presente post é a interrogação ao final. Neste post do dia 18/11 eu era interrogativo e nesse agora eu sou levado a ser assertivo. Para acessar o post inicial sobre esse assunto, o interrogativo, clique aqui.

Tudo começou quando eu dei atenção a uma vara Tacom de 3,90 m que estava "esquecida" aqui no gabinete e preparei ela para trabalhar também com carretilhas adicionando-lhe três passadores, clique aqui para ver o post. Após modificada, durante o teste a vara revelou-se excelente, o que me levou a uma garimpagem na internet até encontrar outra igual, a qual comprei e também modifiquei para o uso de carretilhas e molinetes.

Gostei tanto da Tacom que comprei outra de 4,20 m para presentear um amigo, mas houve um erro de endereçamento da loja e o Correios fez uma trapalhada "dos diabos", atrasou a entrega, e eu providenciei outro presente para o amigo para não "perder a data". Para não ficar com três varas Tacom, vendi uma delas essa semana e fiquei com duas, uma de 4,20m e outra de 3,90 m. É sobre a de 4,20 que vamos "falar".

Com a chegada da nova vara, enviei ao Deco a Tacom de 4,20 m juntamente com um paquimetro e pedi que ele pesasse comparativamente as seções da Tacom com as da Ryobi , usando a balança eletrônica que ele possui e que também comparasse os passadores, o butt cap, as borrachas terminais das duas seções de cima e medisse os diâmetros nas extremidades e meio de cada seção da vara.

Os resultados foram os seguintes:
  • informações de casting : iguais (cast de 150/300 gramas)
  • Passadores : iguais
  • butt cap : iguais
  • terminais (borrachinhas) das seções 1 e 2 = iguais
  • Reel Seat = Diferentes - Rosca fixo na Tacom e rosca deslizante na Ryobi
  • Diâmetros medidos nas extremidades e meio de cada seção : iguais
  • Pesos : conforme tabela abaixo
Cada seção de cada vara foi pesada três vezes, alternadamente, para verificação da repitibilidade da balança. No peso total foi considerado a soma de cada seção pois o tamanho da balança dificulta a pesagem simultânea das três seções.

Outras considerações:
  1. a vara Tacom Surf Leader é nova, nunca usada e a Ryobi já tem algum tempo de uso intenso o que pode explicar os menores pesos nas seções que são ventiladas (seções 2 e 3) , seja por ressecamento ou pura e simples cura das resinas e vernizes;
  2. a maior diferença nominal de peso está na terceira seção, justamente onde há o componente diferente entre as varas, o reel seat, o fixador de molinetes, e apesar disso a diferença de peso no total é de apenas 4,6%;
  3. quando desconsideramos o fator reel seat, e comparamos os pesos somados das seções 1 e 2, a diferença de pesos é de apenas 1%;
  4. é pratica comum dos importadores brasileiros de produtos para pesca de praia a disponibilização de um mesmo equipamento com marcas diferentes. Isso acontece principalmente com molinetes. No mercado mundial algumas linhas brasileiras são vendidas com marcas estrangeiras. Essa prática não significa que os produtos sejam necessariamente ruins, apenas que são os mesmos;
Conclusão: face aos dados e considerações acima e o conhecimento da performance das duas varas, (a de 3,90m é ótima com carretilhas) minha percepção é que são o mesmo produto com apenas o reel seat diferentes. Portanto, se o reel seat de altura ajustável, presente na Ryobi Proskier não é um requisito importante para você, recomendo que compre a Tacom Surf Leader a qual tem um preço de menos da metade da Ryobi Proskier.

O Deco quer fazer uma prova de esforço colocando pesos e comparando o curvamento das varas e deixei a Tacom com ele para que ele fizesse esse teste. Mas os dados acima e a similaridade de performance já me convencem.

Obrigado ao Deco por ter realizado a comparação.

As fotos são do Deco.

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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O que ando fazendo

Você deve ter notado que as minhas postagens estão espaçadas. Estão espaçadas também as pescarias e as trilhas apesar de minhas férias.

Explico o motivo: nessa segunda quinzena de férias estou envolvido com a compra de um veículo, venda de outro e obras em casa. Álias, a única trilha que fiz nessa segunda quinzena foi na obra em casa. Veja a foto abaixo.
Mas com a ajuda dos amigos Deco Loureiro e Jair "dos Bitelos" tenho preparado dois post, um sobre a ocorrência de corruptos em Salvador (o crustáceo, e não os sujeitos que estão na mídia) e uma comparação sobre varas de marcas diferentes, preços diferentes, mas materiais e dimensionais iguais. Em breve, concluo e publico.

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